segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

UM COM TODOS, TODOS CONTRA UMA


ELIANA CALMON (JOANA D'ARC)
Charge de Cau Gomez: A Tarde, 26.12.2011

Capítulo 2: A EXACERBAÇÃO DO FISIOLOGISMO 

A FORÇA DOS MOVIMENTOS MASSIVOS
Das ilusões que tenho, cultivo, no momento, mais uma: acredito, só pode haver mudanças sociais paradigmáticas se ela for sinalizada por um membro diferenciado da sociedade e assumida por movimentos populares massivos de cidadãos responsáveis.

Habitualmente, o fenômeno ocorre assim: um agente social lúcido e ativo faz uma provocação desafiante (há ladrões de toga); a massa se mobiliza e, após uma luta frequentemente longa, corajosa e consistente um novo caminho começa a se delinear. É o movimento massivo que constrói um caminho com o próprio caminhar. E, lógico, não se trata de uma tarefa fácil e nem predestinada ao sucesso obrigatório.


A FALÊNCIA DO PODER JUDICIÁRIO?
À semelhança dos demais poderes ditos democráticos (Executivo, Legislativo, Judiciário) um desgaste considerável, está se verificando, no aqui e no agora, sinalizando que há algo de podre no reino do poder judiciário brasileiro.

O STF, por exemplo, já viveu momentos de austeridade, dignos de uma Corte Suprema. Hoje a lentidão da justiça, as sentenças inábeis de magistrados, em especial nos judiciários estaduais; os desvios constantes de procedimentos jurídicos; a corrupção explicita com a venda de sentenças, por exemplo; e mais recentemente o fisiologismo escancarado, tudo isto parece estar decretando a falência deste poder, a exigir uma mudança radical.

 Charge de Spon













E quem diria, tudo começou nas entranhas do Poder, à partir das denúncias corajosas de Eliana Calmon, corregedora do Conselho Nacional de Justiça, preocupada em mudar os rumos do judiciário. Foi ela quem disse, entre outras coisas: “o CNJ tem a obrigação de extirpar a corrupção no judiciário (...) Isso não é devassa fiscal, isso não é quebra de sigilo. Isso é trabalho que é feito pelos órgãos que fazem o controle administrativo. Minha grande preocupação é barrar qualquer iniciativa corrupta no judiciário. Estou absolutamente segura da correção do meu agir.”

A REAÇÃO FISIOLÓGICA DESCOMUNAL
Infelizmente, não é assim que pensa a associação de classe da magistratura que reagiu com força descomunal, aparentemente uma reação de desespero ante a possibilidade de perder as mordomias funcionais inconcebíveis, ultrajantes e inaceitáveis que, neste momento histórico, não são mais aceitas passivamente, pela sociedade como um todo.

De imediato, o ministro Marcos Aurélio reduziu os poderes do CNJ com uma liminar que só será apreciada depois das prolongadas férias do judiciário (mais uma regalia corporativista inexplicável). Tal liminar impediu a continuidade da apuração sobre quais juízes teriam recebido dinheiro indevido nos 22 tribunais brasileiros (dentre os suspeitos estão os magistrados Peluso e Lewandowski).


Aconteceu na segunda feira, último dia do ano judiciário. Marcos Aurélio Mello concedeu a liminar que impede que o conselho investigue juízes antes que os tribunais onde eles atuam, analisem sua conduta (análises que geralmente redundam em ações inócuas), o que, na prática, suspendeu todos as apurações abertas por iniciativa do CNJ.

Enquanto isso, o ministro Cesar Peluso negou o recurso pedido pela AGU (Advogacia Geral da União) para que fosse suspensa decisão liminar sobre o poder de investigação do CNJ.

Diante de tudo isso, é preciso que se diga ao colegiado do STF que para exercer a autoridade legal e não o autoritarismo corporativista, há que ter isenção, legitimidade, credibilidade; e, principalmente, o firme propósito de colocar os interesses da nação acima de quaisquer vantagens pessoais e profissionais.

E O CIDADÃO COMUM?
Felizmente, o cidadão comum que paga os impostos e banca os salários exorbitantes dos magistrados - exorbitantes em relação aos salários de outros profissionais de nível universitário de nosso país - despertou e já começa a refletir sobre os últimos acontecimentos.















E estão chegando a conclusão de que para o bem de todos nós, cidadãos brasileiros, é importante que não se deixe passar em branco a denúncia da corregedora Eliana Calmon, para que se possa fazer algo de positivo a respeito.  (Queiroz)




METODOLOGIA DE ENSINO


EU E A REVISTA VEJA:
RELAÇÕES COMPLICADAS

Depois de insistentes e repetidas súplicas da Editora Abril para que eu voltasse a assinar a revista VEJA, somada à bonificação de 50% de desconto na assinatura e e ao "sumiço" do "articulista" Diogo Mainardi, reformulei a minha decisão e atendi aos apelos. 

Curiosamente, ao ler um artigo de Cláudio de Moura Castro intitulado "A aula de ponta cabeça", verifiquei, surpreso, que a metodologia que venho exercitando há anos (dar o conteúdo de um tema e tempo para o aluno ler, preparar um resumo crítico, apresentar no grupo e, o que é mais importante, aplicar na prática) está sendo considerada por Cláudio uma novidade porque o aluno aprende em casa e depois vai para a aula debater com o professor. Na sua coluna da VEJA de 14.12.2011, pág.34, ele escreveu: 

De dois ou três séculos para cá, o jeito das aulas se fixou em uma fórmula clássica: o professor explica e depois, em casa, os alunos fazem o "dever", exercitando o que aprenderam. As variações sobre o tema têm sido mínimas, longe de serem revoluções. Mas eis que pipoca uma novidade: quem sabe virar a rotina da aula de ponta-cabeça? O aluno aprende em casa e depois vai à aula. Nela, com a ajuda do professor, vai se exercitar no que estudou. Essa possibilidade e suas muitas variantes sem­pre existiram, pois nada impede os alunos de abrir seus livros para aprender a lição em casa. Na prática, por ser bem mais árdua, jamais foi uma solução adotada amplamente.”  Cláudio de  Moura Castro

No meu caso particular, acrescem as vantagens do aluno poder dialogar com o autor dos textos e de aplicar o aprendido, imediatamente após, com ações efetivas. José Pinto de Queiroz Filho

sábado, 24 de dezembro de 2011

ELIANA CALMON - NÃO VAMOS PERDER O BONDE DA HISTÓRIA


REPASSANDO, Á PEDIDO:

ELIANA CALMON, Corregedora Destemida- CNJ, Movimento de Apoio à sua Coragem!
Senhores estamos vendo algo que seria impensável no país, uma revolução silenciosa e talvez poderosa. que começa no judiciário. Não podemos perder o bonde da historia.
Essa moça, a corregedora do CNJ - Conselho Nacional de Justiça, arregaçou as mangas e esta querendo bater de frente contra a corrupção onde ela tem competência..
E essa briga ela ira perder, pois nós da sociedade provavelmente nada faremos. Imaginem se ela conseguisse levar adiante a investigação de todos do poder judiciário que possuem ganhos acima dos seus rendimentos públicos, ela conseguiu quebrar o sigilo bancário de mais de 230 mil servidores e seus familiares, para apurar quem pode esta com ganhos acima do seus rendimentos (corrupção)
Saiu ontem em todos os jornais e já ha reação do supremo tribunal pressionado pelo corporativismo do judiciário. 
Gostaria que todos fizessem esse e-mail circular, e espero que retornem com ideias. com criticas ou correções.
O importante é fazermos algo, Sinto-me indignado e queria multiplicar esse sentimento com todos.
Devemos parar de acreditar no que botaram (propositalmente) na mente de todos nós, que brasileiro é um bando de cordeiro, que todos do setor publico são corruptos e que nunca nada ira melhorar..
Se a sociedade se mobiliza, o reflexo imediato é uma melhora de quem tá lá em cima, para não perderem o poder.
Um pequeno video (conto) segue em anexo que mostra que um seria motivo de chacota mas muitos agindo, torna-se tudo possivel. Bom talvez tudo isso que escrevo seja besteira. Mas se manifestem, afinal é Natal (rsrs)
Mas sério, somos capazes.
Abraços a todos. Autor: Natalicio Fonseca dos Santos

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

BANDIDOS DE TOGA


TODOS CONTRA UMA
OS BANDIDOS DE TOGA ATACAM OUTRA VEZ!

Eliana Calmon
A Ministra Eliana Calmon chamou as associações de juízes de "mentirosas", "maledicentes” e  (suspeitamente) “corporativas”.

A ministra que é corregedora do Conselho Na­cional de Justiça (CNJ), disse ontem que as associações re­presentativas de juizes são "mentirosas", "maledicen­tes", "corporativas" e estão fo­cadas numa "tentativa de lin­chamento moral contra ela". 

Literalmente, afirmou:
"Só posso lamentar a po­lêmica, que é fruto de maledicência e irresponsabilida­de da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), da Ajufe (Associação dos Juizes Federais do Brasil) e da Anamatra (Associação dos Magis­trados da Justiça do Trabalho), que mentirosamente desinformam a população ou in­formam com declarações incendiárias e inverossímeis".

Ela negou as informações das associações de que estaria in­vestigando 231 mil magistra­dos, servidores de tribunais e seus parentes. Segundo a mi­nistra, os magistrados sob in­vestigação não passam de 500 integrantes de 22 tribu­nais brasileiros.

No meu entender, mesmo que seja somente 500 integrantes, considero um índice elevado de suspeitos incompatível com um sistema jurídico que se respeita.

Formação de quadrilha? Corporativismo defensivo? Corrupção? Ladroagem pura? São indagações do cidadão contribuinte que paga os salários de juízes, promotores e desembargadores, e que precisa de respostas prontas e convincentes. (Queiroz)



quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

DIRETO AO PONTO - 22.12.2011, COMENTANDO AS NOTÍCIAS DOS JORNAIS


LUISLINDA É DESEMBARGADORA
Luislinda valois
O TJ-BA elegeu mais 06 desembargadores, com os salários astronômicos de sempre, onerando ainda mais o erário público – entenda erário público à soma dos impostos que todos nós pagamos. Dentre eles, Luislinda Valois eleita pelo critério de antiguidade, após oito anos de espera e próxima a se aposentar.
Fica-me uma pergunta: Foi eleita por decisão democrática dos membros do TJ-BA ou pelo “reconhecimento da luta de uma mulher negra, rastafári, que conseguiu sair vitoriosa deste processo (...) uma conquista para o povo negro da Bahia”?

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, PELUSO E LEWANDOWSKI

Celso Peluso
Uma decisão provisória do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski suspendeu investigações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 22 tribunais do país.

A liminar foi concedida na segunda-feira (19) em mandado de segurança ajuizado por três entidades, Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) e Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) -, ajuizamento que, até prova em contrário, caracteriza uma injunção corporativista.

A ação das entidades foi baseada em outra decisão liminar, tomada pelo ministro Marco Aurélio Mello também na segunda, que limitou os poderes do CNJ para investigar e punir juízes suspeitos de irregularidades. Conforme o pedido das associações, a Corregedoria do CNJ teria efetuado a quebra de sigilo de mais de 200 mil magistrados, servidores e familiares.

 Lewandowski 
Tenta-se, dessa forma, esvasiar os poderes do órgão de controle da magistratura que estava investigando 17 desembargadores, somente de São Paulo. Eles podem ter recebido R$17 milhões – 1 milhão cada um – dos cofres públicos da corte paulista. Lewandowski está entre os magistrados que receberam pagamentos investigados pelo CNJ e por isso, teria concedido a liminar que sustou a investigação realizada contra magistrados de 22 tribunais do país.

A premissa polêmica de três poderes independentes – Executivo, Legislativo, Judiciário - funcionando acordados com as regras de um sistema político dito democrático (governo do povo para o povo?) dentro da estrutura de um sistema econômico capitalista, são independentes mesmos? Ou são interdependentes, formando um lobby corporativista  para se beneficiar de privilégios acima do bem e do mal, inalcançáveis ao mortal comum? No meu  entender, tal composição de forças está a necessitar de reavaliações, retificações e mudanças de paradigmas. Convém que reflitamos para agirmos juntos contra tais privilégios, que precisam ser extirpados da sociedade brasileira.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011


O AFFAIR JUÍZA LUISLINDA VERSUS O TJ-BA

Parece que tudo começou assim:
Na data de 07/12/2011 o blog http://observatoriodoracismovirtual.blogspot.com/  informava:


"É uma conquista para o povo negro da Bahia.", afirmou Luislinda

Decisão unânime entre os membros do Conselho

Em sessão ordinária realizada nesta terça-feira (6), em Brasília, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou que a juíza baiana Luislinda Valois fosse promovida ao cargo de desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). O CNJ utilizou como argumento principal o critério de antiguidade para a concessão da promoção. O relator do caso, Jorge Hélio Chaves de Oliveira, e todos os demais conselheiros decidiram de forma unânime em prol do requerimento.

"É o reconhecimento da luta de uma mulher negra, rastafári, que conseguiu sair vitoriosa deste processo. É uma conquista para o povo negro da Bahia", afirmou Luislinda, primeira juíza negra do Brasil. Desde agosto de 2010, ela ocupava o cargo de desembargadora substituta no TJ. Com a proximidade da aposentadoria compulsória, a nomeação de Valois como desembargadora titular poderia não ocorrer.
De acordo com a juíza, que acompanhou toda a audiência, o Tribunal deverá agora organizar a data da posse e a cerimônia oficial.

E continuou assim: Com o sub-título “Pacto de San José” o jornalista Levi Vasconcelos noticia na coluna Tempo Presente, do jornal A Tarde de sexta-feira, 16.12.2011, o que se segue:

O promotor Luis Fausto Valois, filho da juíza Luislinda Valois, dise ontem em Aracaju, que se a magistrada não for nomeada desembargadora segunda-feira os advogados da família vão recorrer à justiça internacional, através do Pacto de San José. Ele se disse revoltado com a situação, pois terça última, Luislinda ficou das 07 da manhã até as 17 horas, no TJ baiano esperando que o TJ cumprisse a determinação do CNJ, mas nada foi resolvido. Ele diz que a mãe está sendo vítima de discriminação, por ser negra e rastafári.”         

Pergunto: Será que o CNJ esqueceu-se que o TJ baiano tem critérios técnicos para promover seus membros? Dois critérios são utilizados para a promoção: antiguidade e merecimento. E junto com Luislinda existem, pelo menos, dois outros candidatos à promoção.  No caso de Luislinda, o argumento principal foi o critério de antiguidade. Ela completa 70 anos em janeiro, quando entra na aposentadoria compulsória.

Pergunto, ainda:
1.   Por que transformar um simples processo de promoção numa disputa emblemática de poder entre negros e brancos?
2.  Qual o significado da frase É uma conquista para o povo negro da Bahia atribuída à juíza? Ela é juíza somente do povo negro? Seu salário – exorbitante em relação aos salários de outros profissionais de nível universitário – é pago unicamente por negros?
3.   E seu filho, promotor, com salário também exorbitante, com o mesmo significado dito acima – mostra-se responsável quando diz que a mãe está sendo vítima de discriminação, por ser negra e rastafári, mas não informa os nomes dos/as discriminadores/as e não comprova a discriminação com as provas necessárias?
4.Excetuando a vantagem pessoal, qual a vantagem pública da promoção de uma juíza que vai ser aposentada compulsoriamente dentro de pouco tempo, se esta promoção irá implicar no aumento permanente de salário maior que o de juíza?

Desejo que a juíza Luislinda seja promovida, não por ser negra – a primeira juíza negra do Brasil -, nem por imposições dos movimentos negros, mas por antiguidade e principalmente por merecimento. Dura lex, sed lex. (Queiroz)